O drift é uma técnica de pilotagem criada no japão na década de 70 dentro das provas de turismo. Em uma dessas corridas um piloto conseguiu fazer as curvas derrapando a traseira do carro e saindo delas com mais velocidade que o normal, conseguindo reduzir seu tempo. Logo um piloto se interessou pelas técnicas e começou a pratica-las pelas estradas nas montanhas, criando assim um número de curiosos que não demoraram a aderir a novidade. Após alguns anos, o diretor de uma grande revista no Japão, ajudou esse piloto a organizar o primeiro torneio de drift em pistas da historia. Hoje esse campeonato se chama D1 GRAND PRIX SERIES e é onde se encontram muitos dos melhores pilotos de drift do mundo.

O drift consiste em fazer curvas em alta velocidade derrapando a traseira do caro com as rodas dianteiras na direção oposta, sempre patinando e controlando o angulo em que o carro se encontra na curva.

O drift ficou conhecido no Brasil através da internet e vídeos games. Foi fortalecido pelo cinema com o filme Velozes e Furiosos em Tóquio. Em 2007 foi criada a SPL que ousou importar os primeiros carros preparados para drift do Japão e trouxe pilotos que possuem mais de 10 anos de experiência nas técnicas de pilotagem de drift e com a participação nos principais campeonatos nacionais de drift no Japão.

Keiichi Tsuchiya é considerado o rei do drift, e foi um dos primeiros, a conseguir derrotar carros considerados mais potentes nas descidas de montanha.

Hoje, em praticamente qualquer país que tenha um mercado de tuning desenvolvido, acontecem apresentações, mesmo que sejam só para exibição e não campeonatos como há nos Estados Unidos e Japão por exemplo.

Saiba um pouco sobre as regras e quesitos que somam ou descontam pontos.

Nessa modalidade velocidade não é o quesito principal, como todas as outras modalidades automobilísticas, o estilo conta muito mais.

"Velocidade de entrada" (Entry Speed) na curva: Medida por radar e sensores instalados no carro. Quanto mais rápido, mais pontos. A velocidade em algumas provas ultrapassa os 190 km/h.

Ângulo de contra-esterço (Kakudou): É o ângulo em que as rodas ficam apontadas para o lado de fora da curva, quanto maior o ângulo, maior a pontuação. A maioria dos competidores usa caixas de direção modificadas, aumentando consideravelmente o ângulo, em alguns casos como o Pontiac GTO de Rhys Millen, adicionou 15 graus a mais em um carro que já tem um ângulo de esterço de 48 graus aproximadamente (um carro de rua normal não passa dos 40 graus).

Linha e fluidez: Basicamente segue o mesmo padrão fora-dentro-fora usado em corridas, pontos extras são contados caso a linha seja próxima ao muro ou limite externo da pista, mostrando aos juizes que o piloto está com controle total sobre o carro. Saídas da pista ou rodar são um bom modo de perder pontos.

Esses são os quesitos básicos avaliados atualmente; até aproximadamente 2002 havia o quesito estilo, contando pontos por fazer as curvas com uma mão só ou sem nenhuma, com o corpo p/ fora do carro e outras insanidades, com a adoção do Anexo J da FIA (Federação Internacional de Automobilismo); esse quesito foi banido, obrigando os pilotos a competirem com os vidros devidamente fechados.

Pontos são descontados em grande quantidade se por algum motivo o piloto rodar na pista ou entrar em uma curva em sub-esterço (Understeer: tendência de o carro sair de frente).

Na Touge era considerado o melhor, aquele que além do menor tempo fazia as curvas mais próximo do guard-rail ou muro. Os melhores passavam a uma distancia menor que 10 centímetros. Infelizmente nesse desafio ocorreram muitos acidentes, com mortes inclusive, devido à queda do carro no precipício e eventual choque com as árvores.

Os juizes na D1GP são:

Keiichi Tsuchiya: Considerado o pai do drift moderno e ex-piloto de JGTC (Campeonato GT Japonês).

Manabu Suzuki: Jornalista e colunista nas revistas japonesas.

Até o ano de 2004 havia um terceiro juiz: Manabu Orido, antigo campeão da Touge e piloto oficial da Toyota no Super GT (nome adotado pelo campeonato GT japonês por ocasião da mudança para uma espécie de campeonato internacional, que em 2006 contará com a participação do piloto brasileiro João Paulo de Oliveira).

A parte mais radical dessa modalidade é o chamado Tandem Drift (Tsuiso Battle), onde dois competidores entram na pista ao mesmo tempo, andam o tempo todo colado, apenas alguns centímetros um do outro; a partir desse ponto as estratégias começam, forçando a quem está na frente a andar cada vez mais agressivo, com ângulos e linhas que o expõem a erros.

O estilo da batalha segue um padrão básico: quem está na frente não pode deixar quem persegue tirar distância e colocar o carro na linha interna, ou vice-versa. Caso ocorra um toque entre eles, quem recebeu o toque é considerado vencedor da batalha.

(Texto: Haroldo Nakagawa)

Estarão no Mega Space :

Renato Yamamoto com seu Nissan Silvia S14 - 350 cavalos;

Marcelo Yoshimoto com seu Nissan Skyline R34 - 500 cavalos

Rogério Fujikawa carro Skyline R 34 - 550 cavalos.

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